Introdução
- O contexto mediato -
Gnosticismo.
- O contexto imediato – a
intercessão de Jesus pelos crentes.
- O objetivo do texto: “De que maneira podemos saber que nós
realmente conhecemos a Jesus, e que somos beneficiados por sua intercessão?”
- Para ajudar os crentes a
discernir o verdadeiro conhecimento de Deus, João apresenta um critério, um
teste moral, para que pudessem avaliar a afirmação daqueles mestres.
I
– O TESTE MORAL: A OBEDIÊNCIA É A EVIDÊNCIA DO VERDADEIRO CONHECIMENTO DE DEUS.
1.
Somente
podemos saber que viemos a conhecê-lo se guardamos os seus mandamentos. A
nossa teologia deve conduzir-nos a ortopraxia.
·
Uma
Objeção: “Neste caso
ninguém conhece a Deus porque ninguém é perfeitamente obediente”.
·
A Resposta. Podemos
responder com Calvino: “ele não quer dizer que aqueles que satisfazem
totalmente a Lei guardam os Seus mandamentos, mas os que lutam, de acordo com a
capacidade da fraqueza humana, para formar a sua vida na obediência a Deus”.
2.
Warren
Wiersbe diz que a obediência pode ter três motivações: obedecemos porque somos obrigados, porque
precisamos ou porque queremos. O
escravo obedece porque é obrigado. Do contrário, será castigado. O empregado obedece porque precisa.
Pode não gostar de seu trabalho, mas certamente gosta de receber o salário no
final do mês! Precisa obedecer, pois tem uma família para alimentar e vestir.
Mas o cristão deve obedecer ao Pai
celestial porque quer — porque tem um relacionamento de amor com Deus.
Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15).
II
– OS EXEMPLOS: SERÁ QUE VOCÊ REALMENTE CONHECE A DEUS?
Após
estabelecer que o verdadeiro conhecimento de Deus não pode ser divorciado da
conduta moral, João aplica as implicações desse fato como um teste para
sabermos quem conhece realmente a Deus, e quem não.
1.
1º EXEMPLO:
“Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e
nele não está a verdade”. As palavras de um homem devem ser
provadas por suas obras, pela sua consistência moral. John Stott tem razão
quando diz que nenhuma experiência religiosa é válida se não tiver
consequências morais (Tt 1.16).
2.
2º EXEMPLO:
“Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido
aperfeiçoado o amor de Deus”. A obediência de um homem à Palavra é a prova de
que o amor Deus está em nós amadurecido. O amor de Deus
poderia ser subjetivo (o amor de Deus por nós), qualitativo (amor como o de
Deus) ou objetivo (o nosso amor a Deus). O verdadeiro amor a Deus se expressa,
não em linguagem sentimental ou em experiência mística, mas na obediência moral
(Jo 14:15, 21, 23; 15:10). A prova de amor é a lealdade. Esse amor é
“aperfeiçoado”.
III
- UMA CONCLUSÃO LÓGICA: VIVA COMO JESUS VIVEU
“Nisto
sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também
andar assim como ele andou”.
1) A
obediência de um homem à Palavra deve leva-lo a andar assim como Jesus andou. Não
basta guardar a sua palavra (5); temos que andar assim como ele andou. A conformidade do cristão deve ser com o
exemplo de Cristo, bem como os Seus mandamentos (cf. 2:29: 3:3,7; Jo 13:15; 1 Pe 2:21). Não podemos
pretender permanecer nele, a menos que nos comportemos como Ele.
APLICAÇÕES
- O Cristianismo tem sido
acusado historicamente de ser uma religião que leva seus adeptos a uma vida em
pecado, porque ensina que a salvação é gratuita, e que as boas obras e uma vida
santa não contribuem em nada para o perdão dos pecados.
- A vontade de Deus é que
tenhamos uma vida pura e santa, que não pequemos. Ele sabe que não podemos
viver absolutamente sem pecado aqui no mundo, porém espera de nós uma vida na
qual o pecado não é a característica maior. Assim, aqui temos mais um teste do
verdadeiro crente: ele ama a Cristo e anda nos seus mandamentos; se cair, sabe
que tem um advogado diante de Deus. E isso o leva a levantar-se e prosseguir.
- E por fim, o conhecimento
verdadeiro de Deus não se resume em acreditar intelectualmente em determinadas
doutrinas. É um conhecimento prático, que se expressa no andar obediente à
vontade de Deus revelada nas Escrituras.
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