quarta-feira, 22 de julho de 2015

COMO SABER QUE CONHEÇO A JESUS


Texto:  1 Jo 2.3-6

Introdução
- O contexto mediato - Gnosticismo.
- O contexto imediato – a intercessão de Jesus pelos crentes.
- O objetivo do texto: “De que maneira podemos saber que nós realmente conhecemos a Jesus, e que somos beneficiados por sua intercessão?”
- Para ajudar os crentes a discernir o verdadeiro conhecimento de Deus, João apresenta um critério, um teste moral, para que pudessem avaliar a afirmação daqueles mestres.
I – O TESTE MORAL: A OBEDIÊNCIA É A EVIDÊNCIA DO VERDADEIRO CONHECIMENTO DE DEUS.
1.    Somente podemos saber que viemos a conhecê-lo se guardamos os seus mandamentos. A nossa teologia deve conduzir-nos a ortopraxia.
·         Uma Objeção:Neste caso ninguém conhece a Deus porque ninguém é perfeitamente obediente”.
·         A Resposta. Podemos responder com Calvino: “ele não quer dizer que aqueles que satisfazem totalmente a Lei guardam os Seus mandamentos, mas os que lutam, de acordo com a capacidade da fraqueza humana, para formar a sua vida na obediência a Deus”.
2.    Warren Wiersbe diz que a obediência pode ter três motivações: obedecemos porque somos obrigados, porque precisamos ou porque queremos. O escravo obedece porque é obrigado. Do contrário, será castigado. O empregado obedece porque precisa. Pode não gostar de seu trabalho, mas certamente gosta de receber o salário no final do mês! Precisa obedecer, pois tem uma família para alimentar e vestir. Mas o cristão deve obedecer ao Pai celestial porque quer — porque tem um relacionamento de amor com Deus. Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15).
II – OS EXEMPLOS: SERÁ QUE VOCÊ REALMENTE CONHECE A DEUS?
Após estabelecer que o verdadeiro conhecimento de Deus não pode ser divorciado da conduta moral, João aplica as implicações desse fato como um teste para sabermos quem conhece realmente a Deus, e quem não.
1.    1º EXEMPLO: “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”. As palavras de um homem devem ser provadas por suas obras, pela sua consistência moral. John Stott tem razão quando diz que nenhuma experiência religiosa é válida se não tiver consequências morais (Tt 1.16).
2.    2º EXEMPLO: “Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus”. A obediência de um homem à Palavra é a prova de que o amor Deus está em nós amadurecido. O amor de Deus poderia ser subjetivo (o amor de Deus por nós), qualitativo (amor como o de Deus) ou objetivo (o nosso amor a Deus). O verdadeiro amor a Deus se expressa, não em linguagem sentimental ou em experiência mística, mas na obediência moral (Jo 14:15, 21, 23; 15:10). A prova de amor é a lealdade. Esse amor é “aperfeiçoado”.
III - UMA CONCLUSÃO LÓGICA: VIVA COMO JESUS VIVEU
“Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”.
1)     A obediência de um homem à Palavra deve leva-lo a andar assim como Jesus andou. Não basta guardar a sua palavra (5); temos que andar assim como ele andou.  A conformidade do cristão deve ser com o exemplo de Cristo, bem como os Seus mandamentos (cf. 2:29:  3:3,7; Jo 13:15; 1 Pe 2:21). Não podemos pretender permanecer nele, a menos que nos comportemos como Ele.
APLICAÇÕES
- O Cristianismo tem sido acusado historicamente de ser uma religião que leva seus adeptos a uma vida em pecado, porque ensina que a salvação é gratuita, e que as boas obras e uma vida santa não contribuem em nada para o perdão dos pecados.
- A vontade de Deus é que tenhamos uma vida pura e santa, que não pequemos. Ele sabe que não podemos viver absolutamente sem pecado aqui no mundo, porém espera de nós uma vida na qual o pecado não é a característica maior. Assim, aqui temos mais um teste do verdadeiro crente: ele ama a Cristo e anda nos seus mandamentos; se cair, sabe que tem um advogado diante de Deus. E isso o leva a levantar-se e prosseguir.

- E por fim, o conhecimento verdadeiro de Deus não se resume em acreditar intelectualmente em determinadas doutrinas. É um conhecimento prático, que se expressa no andar obediente à vontade de Deus revelada nas Escrituras.

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