Texto Bíblico de Referência: Mt 23.1-8
O Novo Testamento considera a obediência
cristã como a prática de "boas obras". Os cristãos são "ricos de
boas obras" (1 Tm 6.18; cf. Mt 5.16; Ef 2.10; 2 Tm 3.17; Tt 2.7,14;
3.8,14).
À luz dos textos que lemos, o que é uma “boa obra”?
Uma boa obra é aquela feita segundo:
1)
O
PADRÃO CORRETO, isto é, segundo a vontade revelada de Deus;
2)
A MOTIVAÇÃO
CORRETA, ou seja, no amor a Deus e aos outros;
3)
O PROPÓSITO
CORRETO, isto é, a glória de Deus.
E quanto ao legalismo? Como poderíamos definir o legalismo?
O legalismo é uma DISTORÇÃO da
obediência que nunca pode produzir boas obras nesse sentido.
O que o legalismo distorce com respeito à obediência?
O legalismo distorce a MOTIVAÇÃO e o PROPÓSITO,
vendo as boas obras como meio de se obter o favor de Deus (Mt 19.16-30; Mt 23; Lc
15.25-32; 18.9-14).
Quais os resultados práticos do legalismo?
1) O legalismo pode levar à arrogância e
a desdenhar daqueles que não agem de acordo com os seus padrões (Lc 15.25-32).
2) O propósito egoísta do legalismo
exclui do coração a bondade e a compaixão (Mt 23.23).
Quais os tipos de legalismo descritos no Novo Testamento?
No Novo Testamento, encontramos
diferentes espécies de
legalismo.
legalismo.
1) Os legalistas entre os FARISEUS pensavam
que, por serem descendentes de Abraão, tinham aprovação garantida da parte de Deus,
enquanto, paradoxalmente, formalizaram a observância diária da lei, em seus
mínimos detalhes, como regra de vida. Agindo desse modo, eles evitavam aquilo
que a lei verdadeiramente exigia.
2) Os JUDAIZANTES eram legalistas que
ensinavam aos cristãos que eles precisavam ir além e tomar-se judeus,
submetendo-se à circuncisão e observando o calendário religioso e as leis
rituais, e, deste modo, obterem o favor de Deus.
Por quem e como essas formas de legalismo foram combatidas?
Jesus atacou o legalismo dos fariseus, e
Paulo, o dos judaizantes.
1) Os fariseus que se opunham a Jesus
consideravam-se fiéis guardadores da lei mosaica. Contudo, dando ênfase aos
menores detalhes, negligenciavam o que era mais importante (Mt 23.23-24). Suas
interpretações elaboradas e desencaminhadas da lei negavam seu verdadeiro
espírito e propósito (Mt 15.3-9; 23.16-24). Substituíam a lei autorizada de
Deus pelas tradições humanas, subjugando as consciências onde Deus as havia
deixado livres (Mc 2.16—3.6; 7.1-8). No íntimo, eram hipócritas, pois buscavam
a aprovação humana para si mesmos e condenavam os outros (Lc 20.45-47; Mt
6.1-8; 23.2-7).
2) Os judaizantes aos quais se opunha
Paulo acrescentavam ao evangelho exigências para a salvação, exigências estas
que obscureciam e negavam a suficiência absoluta de Cristo (Gl 3.1-3; 4.21;
5.2-6). A ideia de que era necessário acrescentar exigências para aperfeiçoar o
evangelho era a raiz do erro deles. Paulo se opõe a essa ideia, não importando
quem a propusesse (Cl 2.8-23), porque ela corrompia o caminho da salvação.
Conclusão
Assim como Jesus, Paulo não tolerava
aqueles que traziam novos fardos para sobrecarregar as ovelhas. Do mesmo modo,
nós também temos que nos opor a toda forma de legalismo e nos apegar somente à
Cristo.
Fonte: Nota Teológica retirada da Bíblia de Estudo Genebra.
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