segunda-feira, 8 de julho de 2019

LEGALISMO



Texto Bíblico de Referência: Mt 23.1-8
O Novo Testamento considera a obediência cristã como a prática de "boas obras". Os cristãos são "ricos de boas obras" (1 Tm 6.18; cf. Mt 5.16; Ef 2.10; 2 Tm 3.17; Tt 2.7,14; 3.8,14).
À luz dos textos que lemos, o que é uma “boa obra”?
Uma boa obra é aquela feita segundo:
1)    O PADRÃO CORRETO, isto é, segundo a vontade revelada de Deus;
2)    A MOTIVAÇÃO CORRETA, ou seja, no amor a Deus e aos outros;
3)    O PROPÓSITO CORRETO, isto é, a glória de Deus.
E quanto ao legalismo? Como poderíamos definir o legalismo?
O legalismo é uma DISTORÇÃO da obediência que nunca pode produzir boas obras nesse sentido.
O que o legalismo distorce com respeito à obediência?
O legalismo distorce a MOTIVAÇÃO e o PROPÓSITO, vendo as boas obras como meio de se obter o favor de Deus (Mt 19.16-30; Mt 23; Lc 15.25-32; 18.9-14).
Quais os resultados práticos do legalismo?
1) O legalismo pode levar à arrogância e a desdenhar daqueles que não agem de acordo com os seus padrões (Lc 15.25-32).
2) O propósito egoísta do legalismo exclui do coração a bondade e a compaixão (Mt 23.23).
Quais os tipos de legalismo descritos no Novo Testamento?
No Novo Testamento, encontramos diferentes espécies de
legalismo.
1) Os legalistas entre os FARISEUS pensavam que, por serem descendentes de Abraão, tinham aprovação garantida da parte de Deus, enquanto, paradoxalmente, formalizaram a observância diária da lei, em seus mínimos detalhes, como regra de vida. Agindo desse modo, eles evitavam aquilo que a lei verdadeiramente exigia.
2) Os JUDAIZANTES eram legalistas que ensinavam aos cristãos que eles precisavam ir além e tomar-se judeus, submetendo-se à circuncisão e observando o calendário religioso e as leis rituais, e, deste modo, obterem o favor de Deus.
Por quem e como essas formas de legalismo foram combatidas?
Jesus atacou o legalismo dos fariseus, e Paulo, o dos judaizantes.
1) Os fariseus que se opunham a Jesus consideravam-se fiéis guardadores da lei mosaica. Contudo, dando ênfase aos menores detalhes, negligenciavam o que era mais importante (Mt 23.23-24). Suas interpretações elaboradas e desencaminhadas da lei negavam seu verdadeiro espírito e propósito (Mt 15.3-9; 23.16-24). Substituíam a lei autorizada de Deus pelas tradições humanas, subjugando as consciências onde Deus as havia deixado livres (Mc 2.16—3.6; 7.1-8). No íntimo, eram hipócritas, pois buscavam a aprovação humana para si mesmos e condenavam os outros (Lc 20.45-47; Mt 6.1-8; 23.2-7).
2) Os judaizantes aos quais se opunha Paulo acrescentavam ao evangelho exigências para a salvação, exigências estas que obscureciam e negavam a suficiência absoluta de Cristo (Gl 3.1-3; 4.21; 5.2-6). A ideia de que era necessário acrescentar exigências para aperfeiçoar o evangelho era a raiz do erro deles. Paulo se opõe a essa ideia, não importando quem a propusesse (Cl 2.8-23), porque ela corrompia o caminho da salvação.
Conclusão
Assim como Jesus, Paulo não tolerava aqueles que traziam novos fardos para sobrecarregar as ovelhas. Do mesmo modo, nós também temos que nos opor a toda forma de legalismo e nos apegar somente à Cristo.
Fonte: Nota Teológica retirada da Bíblia de Estudo Genebra.

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