sábado, 16 de agosto de 2014

A CONSAGRAÇÃO CONTÍNUA DO POVO DE DEUS


Lv 6.8-13
Introdução
Até este ponto vimos as instruções que Moisés recebeu para transmitir ao povo a respeito dos sacrifícios. Mas aqui começam as instruções que ele deveria dar aos sacerdotes. Ele deveria dar ordem a Arão e a seus filhos, v. 9.
O ponto fundamental que vamos abordar aqui é que a consagração que o Senhor deseja e exige de Seu povo não é ocasional, mas contínua.
I. SEU SENTIDO LITERAL
1) O sacerdote deveria cuidar das cinzas do holocausto, para que fossem dispostas em ordem, vv. 10,11. Ele deveria limpar o altar removendo as cinzas a cada manhã, e levando-as para o lado oriental do altar, que era o mais distante do santuário. Isto ele deveria fazer usando as suas vestes de linho, aquelas que ele deveria usar quando fizesse qualquer serviço no altar. E então deveria despir- se, e colocar outras vestes, ou as suas vestes comuns, ou (como alguns pensam) outras vestes sacerdotais menos formais, e deveria levar a cinza fora do arraial para um lugar limpo. As implicações disso são duas:
a) Deus queria que isto fosse feito para a honra de seu altar e dos sacrifícios que eram queimados sobre ele. Até mesmo as cinzas dos sacrifícios deveriam ser preservadas, para testificar sobre a consideração que Deus tinha por eles. O Senhor era honrado através desta oferta queimada, e, portanto, desse modo a própria oferta era honrada. E alguns entendem que este cuidado que era tomado a respeito das cinzas do sacrifício tipificava o sepultamento do nosso Salvador. O seu corpo morto (as cinzas do seu sacrifício) foi cuidadosamente colocado no jardim, em um sepulcro novo, que era um lugar limpo. Também era necessário que o altar fosse mantido o mais limpo possível. O fogo sobre ele queimaria melhor, e é decente que, em uma casa, o local do fogo, onde se preparam os alimentos, seja um local bastante limpo.
b) Deus queria que os próprios sacerdotes o mantivessem assim, para ensinar tanto a eles como a nós que devemos nos submeter aos serviços aparentemente mais inferiores, para a honra de Deus, e do seu altar. O próprio sacerdote não só tinha que acender o fogo, mas limpar a fornalha, e levar as cinzas para fora. Os servos de Deus não devem pensar que nada lhes seja inferior, exceto o pecado.
2) O sacerdote deveria tomar conta do fogo sobre o altar, para que fosse mantido sempre aceso.  Isto é insistido aqui (vv.  9,12), e esta lei expressa é dada:  fogo arderá continuamente sobre o altar. Não se apagará, v. 13.  Podemos supor que nenhum dia passava se sacrifícios extraordinários, os quais eram sempre oferecidos entre o cordeiro de manhã e da noite. De forma que desde a manhã até a noite o fogo do altar era mantido aceso. Mas para mantê-lo a noite toda até de manhã (v. 9) eram necessários alguns cuidados. Aqueles que cuidam de boas casas nunca deixam o fogo da cozinha se apagar.
II. SEU SENTIDO FIGURADO
1) SEU SENTIDO FIGURADO EM RELAÇÃO AO EVANGELHO.
a. Que todos temos constantemente a necessidade da expiação.
b. Que os sacrifícios levíticos são insuficientes para nós.
c. Que Deus tinha a intenção de fornecer um sacrifício satisfatório.
d. Que todos os que repudiaram esse Grande Sacrifício devem esperar julgamentos severos.
2) SEU SENTIDO FIGURADO EM RELAÇÃO À IGREJA.
Esse altar representa o coração do homem, a partir do qual ofertas de todo tipo sobem a Deus (Hb 13.15, 16). Nossos corpos são templos do Espírito Santo e, como sacerdotes de Deus, "estamos a oferecer a nós mesmos sacrifício vivo, santo e agradável a Ele" (Rm 12.1,2). Por isso, em relação a Igreja podemos dizer que o fogo da consagração deve ser –
a. Divinamente aceso (9.24). Deve vir da presença do Senhor, ou vamos oferecer fogo estranho no altar. O batismo de fogo, como o do Espírito Santo, é de cima. O novo nascimento é de cima.
b. Constantemente reabastecido. O fogo do altar era todo dia alimentado pelos sacrifícios repetidos. Entusiasmada consagração só pode ser sustentada por combustível adequado. "Temos que acumular gratas recordações, resoluções santas, serviços de autonegação. O flash de emoção religiosa não será suficiente, Deus não vai aceitar as cinzas brancas de um fogo extinto.
c. Frequentemente renovado. O fogo não deve ser sufocado ou atenuado, seria necessário ar fresco, e agitação: o fogo em nossos corações precisa de ar fresco do céu - a ser agitado por esforços renovados - precisamos tomando cuidado com as influências que podem leva-lo a extinção, como paixões profanas, ansiedades indevidas, a descrença em Deus.
d. Criteriosamente controlado. O fogo sobre o altar foi mantido dentro de limites razoáveis​​, ou poderia ter se espalhado por todo acampamento, causando um desastre. Zelo e consagração deve ser governada pela inteligência, ou eles vão degenerar em fanatismo e levar à intolerância e perseguição. Vamos procurar ser folheados ou chapeados de zelo como de um manto, e possuir o fogo sagrado em nossas almas.
Aplicação
Jesus é o sacrifício perfeito oferecido uma única vez por nós, que nos livra do poder do pecado.

A consagração que o Senhor deseja e exige de Seu povo não é ocasional, mas contínua.

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