quinta-feira, 24 de julho de 2014

O INTERESSE ESPECIAL DE DEUS PELO SEU POVO


Texto: Fp 2.14-16
INTRODUÇÃO
Aqui, o apóstolo continua a desenvolver o tema que vem ocupando a sua atenção em todo esse trecho. Nos versos 12 e 13, ele fala da natureza da vida cristã, de como Deus está no início, no meio e no fim da nossa salvação, concluindo com a exortação de que devemos desenvolver essa vida que recebemos de Deus com tremor e temor. O motivo pelo qual ele faz esse apelo é devido a certas coisas que provavelmente os atacarão, levando-os a murmurar e contender. Por isso, Paulo vai desenvolver esse tema nos lembrando que somos filhos de Deus, e como filhos de Deus ele faz um tríplice apelo: como filhos de Deus, devemos considerar a nós mesmos em nossa relação com o Pai; em segundo lugar, devemos considerar a nossa natureza como filhos de Deus; e, em terceiro lugar, devemos considerar a nós mesmos em nossa relação com o mundo que nos cerca.
I - NOSSA RELAÇÃO COM O PAI
Como Paulo apresenta seu apelo ético?
1)    Paulo faz o seu apelo ético primeiro apresentando o princípio, depois as implicações dele. Paulo nunca se interessa pela ética como tal. Seu interesse sempre é teológico, porque o cristão não é tão-somente um bom homem ético, é mais que isso. A ética, sem a base da verdade, acaba em moralismo. Ilustração: as flores colhidas no campo e as flores crescendo no campo.
2)    Paulo faz o seu apelo ético descrevendo o que significa ser cristão.
a)    Os cristãos, lembra-nos Paulo, são filhos de Deus. 1) Isso é verdade em relação aos cristãos (At 17.26, 29; Jo 8.44; I Pe 2.10; Jo 1.12; Rm 8.15) 2) Isso não é verdade em relação ao ímpio (Paternidade universal de Deus e fraternidade universal do homem).
b)    Ser Cristão é ser inteiramente diferente de quem não o é. Esse é o ponto aqui. O apelo de Paulo se baseia nessa diferença, de modo que, senão estivermos certos nisso e não o entendermos bem, o apelo cairá em ouvidos moucos.
Então, o que implica ser um filho de Deus ou um cristão?
3)    As implicações de ser filho de Deus
a)    Fomos adotados na família de Deus.
b)    Somos participantes da natureza divina.
c)    Somos objetos especiais do amor, cuidado e favor de Deus.
Mas, ser filho de Deus traz sobre nós algumas responsabilidades.
4)    As responsabilidades dos filhos de Deus.
a)    “Fazei todas as coisas”. Todas as coisas significa tudo quanto está relacionado com a nossa salvação. Todas as coisas que Ele nos pede que façamos, este viver a vida cristã, devem ser feitos sem murmurações nem contendas.
b)    “Murmurações e contendas” - o exemplo de Israel no deserto (Sl 106). Paulo, com essas duas palavras, lembra a experiência dos Israelitas no deserto, de como eles murmuraram e contenderam com Deus. Temos aqui um exemplo negativo, um aviso.
a)    Murmurações – são fruto de um espírito e de um querer obstinados. Elas são sinais indicativos de rebelião moral, as murmurações são fruto da falta de amor.
b)    Contendas – Uma segue-se a outra. A primeira coisa que vai mal no cristão é que ele começa a duvidar do amor de Deus, e as discussões e contendas são resultados da rebelião intelectual. As contendas sempre são sinais indicativos da falta de fé.
c)    Não há nada que tanto estrague a vida cristã, não há nada que tanto arruíne a vida, como este espírito de murmuração e contenda.

5)    Como posso executar a exortação do apóstolo?
Como posso ir em frente sem murmurações e contendas?
a)    Em primeiro lugar, comece lembrando o caráter de Deus.
b)    Em segundo lugar, o ponto subsequente é que o apóstolo dá ênfase aqui à paternidade de Deus.
c)    Em terceiro lugar, lembre-se da grandeza de Deus e da sua própria pequenez, especialmente da pequenez da sua mente e do seu entendimento.

d)    Em primeiro lugar, devemos lembrar que o principal interesse de Deus por nós é a nossa santificação.

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