quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A DOUTRINA DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Referência: At 2.1-13.
Introdução

Vamos estudar a controvertida doutrina do batismo no Espírito Santo. Visando apresentar o assunto de forma didática, optamos pelo método escolástico de perguntas e respostas. Então, afinal, o que o batismo no Espírito Santo?

I – O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?

O Batismo com/no espírito Santo é indefinível. Todos os conceitos são limitantes, delimitadores, uma camisa de força. Conceituar é, de alguma forma, assassinar o objeto da conceituação, é domestica-lo. Portanto, tudo o que temos são pistas, pegadas, indícios, eventos. Nenhum conceito pode conter essa experiência, por isso, o melhor a fazer é seguir as pegadas, as palavras usadas pelos escritores sagrados, principalmente Lucas, para descrever (mos) o (s) acontecimento (s).

1) Um Batismo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 13.16; 24.49; Jo 1.33; At 1.5)

a) É chamado de um batismo para lembrar a profecia de João Batista (Mt 3.11).

b) É chamado de um batismo para compará-lo com o de João e, ao mesmo tempo, para distingui-lo daquele.

1) É semelhante na forma. Um oficiante, um candidato e o elemento no qual ocorre a imersão ou batismo.

2) É distinto no propósito. O batismo de João era dramatização do arrependimento do pecador. O batismo com o Espírito é poder para testemunhar, servir na causa do Mestre. O batismo com o Espírito é imersão num relacionamento com uma pessoa divina, e não em um fluido ou influência.

3) É distinto pela natureza das pessoas envolvidas. João Batista, o candidato arrependido e a água, no caso do primeiro. Jesus, o crente e o Espírito Santo, no caso do segundo.

2) Um enchimento (At 2.4)
a) Foi um derramamento (Jl 2.28-32)
b) Foi um recebimento de uma dádiva (Jl 2.38)
c) Foi um cair sobre (At 8.16; 10.44; 11.15)
d) Foi um derramamento do dom (At 10.45)
e) Foi uma vinda sobre (At 19.6)
3) Um dom (At 2.38; 10.45)
4) Um poder ou virtude (At 1.8)

II – QUANDO OCORRE O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?

Segundo HORTON, existem quatro possíveis posições quanto à distinção e as línguas como evidência. 

1) Há os que pensam ser o batismo no Espírito Santo parte da experiência da conversão, sem qualquer evidência inicial, como o falar em outras línguas. 

2) Há os que admitem o batismo no Espírito Santo como parte da experiência da conversão, sempre acompanhado pela evidência especial do falar em outras línguas. 

3) Há os que acreditam que o batismo no Espírito Santo usualmente vem após a regeneração, mas a experiência nem sempre é acompanhada pelo falar em outras línguas. 

4) Há os que defendem o batismo no Espírito Santo como uma experiência geralmente ocorrida após a regeneração e sempre acompanhada pela evidência especial do falar em outras línguas. 

Com base no livro de Atos, podemos destacar alguns aspectos esclarecedores quanto a essa questão. Podemos afirmar que o Batismo no Espírito Santo 

1) É uma experiência subsequente a regeneração. A subsequência enfatiza o segmento posterior no tempo ou na ordem.

2) É uma experiência separada da regeneração. A separabilidade refere-se à dessemelhança quanto à natureza ou identidade.

3) É uma experiência distinta da regeneração, e portanto, da habitação do Espírito Santo. A qualidade distintiva mostra as diferenças de caráter ou propósito, ou de ambos.





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