terça-feira, 30 de junho de 2015

O que é matrimônio e divórcio?


Postado por Solano Portela

Mateus 19.3-6: "Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem".

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Os Fariseus experimentavam a Jesus. É interessante que o ponto para esse teste era sobre o seu conceito quanto ao matrimônio. Nessa era, em que a instituição do casamento é tão contestada, ou por vezes desprezada, e até mal definida, qual é o nosso conceito do Casamento? É o conceito bíblico, o conceito divino dessa união? E o que dizer do divórcio? É aceitável, pela Bíblia?

Na época dos fariseus, havia duas escolas: a de Shammai – que acatava o divórcio por causa do adultério e a de Hillel – que dizia que o divórcio era permissível por qualquer motivo. Essa questão era sempre alvo de debate acirrado entre as duas correntes. Jesus não apela a nenhum desses dois, mas refere-se a Moisés – aos escritos inspirados da Palavra de Deus (“não tendes lido”?).

Jesus não se preocupa em responder primária e especificamente a pergunta deles, sobre a questão de quebra do casamento; da quebra dos votos matrimoniais; da ruptura desse pacto solene feito na presença de Deus, tendo como testemunha o seu povo. Antes que entendamos as diretrizes bíblicas sobre o divórcio é necessário que entendamos o que é o matrimônio, e é isso que Jesus quer explicar. Casamentos cristãos são celebrados dessa maneira até aos nossos dias: o povo de Deus testemunha o comprometimento solene que os noivos fazem um ao outro, na presença de Deus, em paralelo ao cumprimento de todas as prerrogativas e registros legais, que devem ser feitos em cartórios e onde a lei assim o definir.

É por isso que em vez de responder a pergunta dos Fariseus, Jesus faz uma exposição do que é o casamento. E isso interessa muito ao povo de Deus, principalmente no cenário contemporâneo em que vivemos. Notem que Jesus explica quatro coisas, sobre o matrimônio:

1. É uma relação singular de gênero. “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher”? Percebam a atualidade da Bíblia! Jesus parece estar falando aos nossos dias! Procedemos de um Criador. Esse criador, sabiamente, nos fez diferentes, complementando um ao outro. Ele criou dois sexos. Isso não é uma opção quantitativa (mais de dois sexos) ou qualitativa (um sexo, com as qualidades do outro) – não existem três ou quatro sexos. Confrontamos as barreiras das impossibilidades biológicas, porque o Criador assim o quis: dois sexos – homem e mulher. Essa é a estrutura da criação. Por mais que os homens tentem pervertê-la, ou transformá-la; por mais que tentem se enganar, prescrevendo felicidade e adequação a outros esquemas de gênero – a humanidade retratará sempre essa estrutura de gênero – homens e mulheres. O que passa disso é distorção e desvio. Outras configurações não podem ser legitimamente chamadas de “casamento”, pois o casamento é entre um homem e uma mulher. É isso que temos nos casamentos cristãos: testemunhamos um casal adequado aos padrões divinos, comprometendo-se um com o outro. Pela misericórdia de Deus, em nosso país a Constituição ainda tem essa definição de casamento, mas existem muitos esforços para que isso seja mudado – como seguidores da Palavra, temos que ter uma visão precisa de qual é o ensino Bíblico, aqui reforçado por Jesus.

2. É uma relação singular social. “Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher”. Cada família é uma relação singular, única. E ela gera outras famílias. Esse princípio era sempre importante para ser frisado naquela sociedade patriarcal. Por mais ascensão hierárquica que tivesse o patriarca, o esposo e esposa constituíam uma unidade autônoma, com vida própria, com limites próprios, com diretrizes próprias, com interesses próprios. Contando com o respeito mútuo externo, mas sem interferências externas indevidas. Notem os termos utilizados: Deixar, e depois, unir: a palavra grega utilizada para “unir” é “kollaô”. É de onde vem a nossa palavra cola. É cola divina, mais forte do quesuperbond! Esse é o plano de Deus desde o início. Jesus não ensina nada de novo, mas leva os pensamentos daqueles que o ouvem, como os nossos devem ser levados, agora, ao projeto original de Deus. Quantos problemas podem ser evitados nos casamentos, se esse modelo for seguido. Se não houver confusão e interferência das famílias de onde procedem os noivos para com a NOVA família que eles agora formam. Esse relacionamento social singular traz grandes privilégios e promove mais responsabilidade, aos cônjuges, na construção de um lar, que é só deles.

3. É uma relação singular sexual. “De modo que já não são mais dois, mais uma só carne”. Jesus também apresenta esse aspecto, que é típico do matrimônio. O plano de Deus, desde a criação, reconhece a propriedade da sexualidade e a abriga, com toda legitimidade, sempre na esfera do casamento. O casal que procura seguir as diretrizes de Deus, nessa área, compreenderá esse simbolismo de harmonia, complementação, prazer e alegria, e ensinará aos seus filhos os limites, o respeito e a santidade que é o sexo no casamento. Esse singular relacionamento mostra a dependência mútua, e o interesse com uma só mente, que deverá nortear a vida do casal, por toda a vida. Em uma era de dissolução moral, como esse aspecto é importante! Temos que reforçar em nossas famílias e nas nossas igrejas que o sexo é uma bênção, que Deus preparou para o casamento. Todas as demais opiniões a esse respeito, procuram legitimar desculpas para não cumprir o padrão de pureza que Deus deseja, não somente aos jovens cristãos, mas a todos aqueles que integram o Seu Povo.

4. É uma relação singular espiritual. “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Deus é o agente supremo por trás de tudo o que ocorre em um casamento. O matrimônio procede de Deus e enquadra-se em sua perfeição quando essa centralização divina é percebida, prezada e perseguida. O casamento é mais do que uma convenção humana; é mais do que um mero contrato social – é um pacto solene de duas pessoas firmado com Deus e firmado um para com o outro, sobre algo que foi criado por Deus, com o testemunho de todos aqueles que presenciam a cerimônia. Jesus, aqui, não se refere mais aos indivíduos que celebram o casamento. Ele diz “o que Deus ajuntou” (não “aqueles”) – a referência é, portanto, ao matrimônio.


Vejam o paralelo! Na relação social: deixar, unir. Aqui, na relação espiritual: ajuntou, não o separe. A palavra “ajuntar” (sunesukein; suzeugnumi) é a mesma utilizada para designar uma canga – aquela peça que prende uma JUNTA de bois para puxar uma carroça! Isso significa que temos, no matrimônio, indivíduos – duas pessoas, mas caminhando juntas, na mesma direção.
É exatamente por que o matrimônio não foi algo gerado pelo homem, que ele não está sujeito a modismos, a modificações segundo os tempos, e muito menos a quebras e dissoluções geradas pelos próprios homens. O divórcio, as separações, não são normas, por mais comum que se apresentem, mas anomalias – que trazem tristeza e dor a muitos.

Mas o que fazer perante a realidade do DIVÓRCIO? O que ensina a Bíblia?
No nosso texto, em Mateus 19, Jesus trata do divórcio levando a concentração dos pensamentos ao matrimônio. Se a instituição do matrimônio fosse bem entendida e seguida, não teríamos de lidar com divórcio, especialmente à luz de textos como Hebreus 13,4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”. O divórcio é a dissolução do matrimônio e hoje, em nosso país e no mundo, ele ocorre pelas mais variadas razões e, às vezes, até sem razão, por mera concordância dos cônjuges (“consensual”; nos Estados Unidos isso é chamado de“no fault divorce”).

A Igreja Presbiteriana do Brasil já se pronunciou em diversas ocasiões sobre a questão do divórcio. Um dos pronunciamentos mais extensos é a Resolução do Supremo Concílio em 1986 (SC-86-026 - Doc. XCIX), na qual faz referência às decisões anteriores e às diversas mudanças na legislação brasileira; apresenta o resumo apresentado em Nossa Confissão de Fé (Cap 24); reforça a indissolubilidade do matrimônio encontrada nos ensinamentos de Jesus (Mt 19.7-9; Mc 10.2,12.); e indica que “somente o adultério e a deserção irremediável são causas Bíblicas reconhecidas pela Igreja como justificativas para o divórcio”.

Nossa Confissão de Fé (de Westminster – CFW), que é uma compilação sistemática de ensinos bíblicos, tem todo um capítulo (XXIV – 24) tratando “Do Matrimônio e do Divórcio”. Ela expressa claramente, na seção 6 deste capitulo, o que a Bíblia ensina: “Posto que a corrupção do homem seja tal que o incline a procurar argumentos a fim de indevidamente separar aqueles que Deus uniu em matrimônio, contudo só é causa suficiente para dissolver os laços do matrimônio o adultério ou uma deserção tão obstinada que não possa ser remediada nem pela Igreja nem pelo magistrado civil; para a dissolução do matrimônio é necessário haver um processo público e regular. não se devendo deixar ao arbítrio e discreção das partes o decidirem seu próprio caso”. Além de outros pontos, esse texto demonstra o erro do chamado “divórcio consensual”, alternativa infelizmente encontrada dentro de igrejas contemporâneas.

Mas a Bíblia (e a CFW) também ensina que o divórcio nem sempre é errado. Ele é permitido especificamente naqueles dois casos previstos na Escritura: o adultério e a deserção obstinada.

Dois textos bíblicos são pertinentes a essa compreensão:
· Mateus 5.32 (e 19.9): “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”.
· 1 Coríntios 7.15: “Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz”.

Mas é claro que o divórcio não é algo natural. Desde o Antigo Testamento, onde temos casos de divórcio, lemos também que “O SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio”(Malaquias 2.16). E tanto no nosso texto inicial, em Mateus, como no registro de Marcos 10.9, a máxima de Jesus subsiste: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”.

Conclusão

É verdade que existem muitos desvios desses padrões, sobre matrimônio e divórcio. Desvios que ficam aquém do ideal bíblico em nossa sociedade. Como cristãos somos também realistas. Vemos isso. Admitimos que esses desvios ocorrem ao nosso redor. E é verdade, também, que a nossa fé é uma fé de esperança. Deus nos apanha onde estamos, perdoa pecadores, conserta o nosso caminhar, repara vidas e até recupera relacionamentos e matrimônios quebrados.
No entanto, devemos objetivar os padrões traçados pela Palavra de Deus. Assim, quando estivermos presentes, participando ou testemunhando um casamento nas bases da Palavra de Deus, temos muita razão para prestar a Ele muitas ações de graça. Dar graças porque jovens estão trilhando o caminho traçado por Deus como norma. Orar a ele para que preserve a união deles, em todos esses aspectos que nos foram ensinados por Jesus. Interceder para que Deus conceda a eles muita felicidade, por estarem obedecendo aquilo que agrada a Deus, em suas vidas. Suplicar que sejamos preservados, como Povo de Deus, para que os matrimônios sejam bíblicos e o divórcio não venha a ser uma realidade, na vida dos recém-casados, dos cristãos e da igreja de Cristo.

Construa pontes em vez de cavar abismos

Nós não somos perfeitos nem convivemos com pessoas perfeitas. Temos, não raro, motivos de queixas uns contra os outros. Os relacionamentos mais íntimos adoecem. As amizades mais próximas acidentam-se nos rochedos das decepções e das mágoas. As palavras de amor são substituídas por censuras e os abraços fraternos são trocados pelo afastamento gelado.

Os relacionamentos adoecem na família, na igreja e no trabalho. Pessoas que andaram juntas e comungaram dos mesmos sentimentos e ideais, afastam-se. Cônjuges que fizeram votos de amor no altar, ferem um ao outro com palavras duras. Amigos que celebravam juntos as venturas da vida, distanciam-se. Parentes que degustavam as finas iguarias no banquete da fraternidade, recuam amargurados. Irmãos que celebravam festa ao Senhor com o mesmo entusiasmo, apartam-se tomados por dolorosa indiferença.

Como podemos restaurar esses relacionamentos quebrados? Como podemos despojar-nos da mágoa que nos atormenta? Como podemos buscar o caminho do perdão e construir pontes em vez de cavarmos abismos?

1. reconhecendo nossa própria culpa na quebra desses relacionamentos. É mais fácil acusar os outros do que reconhecer nossos próprios erros. É mais fácil ver os erros dos outros do que admitir os nossos próprios. É mais cômodo recolher-nos na caverna da auto-piedade do que admitir com honestidade a nossa própria parcela de culpa. A cura dos relacionamentos começa com o correto diagnóstico das causas que provocaram as feridas. E um diagnóstico honesto passa pela admissão da nossa própria culpa.

2. tomando atitudes práticas de construir pontes de aproximação em vez de cavar abismos de separação. A honestidade de reconhecer nossa culpa e a humildade de dizer isso para a pessoa que está magoada conosco é o caminho mais curto e mais seguro para termos vitória na restauração dos relacionamentos quebrados. Jesus Cristo nos ensinou a tomar a iniciativa de buscar o perdão e a reconciliação. Não podemos ficar na retaguarda, nos enchendo de supostas razões, esperando que os outros tomem a iniciativa. Devemos nós mesmos dar o primeiro passo. Deus honrará essa atitude.

3. tomando a atitude de perdoar a pessoa que está magoada conosco assim como Deus em Cristo nos perdoou. É mais fácil falar de perdão do que perdoar. O perdão não é coisa fácil, mas é necessário. Não podemos ser verdadeiros cristãos sem o exercício do perdão. O perdão também não é coisa rasa. Não podemos nos contentar com uma cura superficial dos relacionamentos feridos. Não podemos ignorar o poder da mágoa nem achar que o silêncio ou o tempo, por si mesmos, possam trazer cura para esses relacionamentos estremecidos. O perdão é mais do que sentimento, é uma atitude. Devemos perdoar porque fomos perdoados e devemos perdoar como fomos perdoados. Devemos apagar os registros que temos guardado nos arquivos da nossa memória. Não devemos cobrar mais aquilo que já perdoamos nem lançar mais no rosto da pessoa aquilo que já resolvemos aos pés do Salvador. O perdão é um milagre. É obra da graça de Deus em nós e através de nós. É dessa fonte da graça que emana a cura para os relacionamentos quebrados. Que Deus nos dê a alegria da cura dos relacionamentos no banquete da reconciliação!

Rev. Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 29 de junho de 2015

As Estratégias de Satanás: O Ditador


Ref. Jo. 12:31; Jo. 14:30; 1 Tm. 3:6-7; Pv. 16:18; 1 Jo. 5:19; 1 Cr. 21:1-2, 7-8,14-19.

Introdução
Se eu lhe perguntasse "Qual foi o pior pecado que cometeu Davi?", certamente me responderia "Cometer o adultério com Bate-seba e fazer que matassem a seu marido na batalha". Certamente, os pecados de adultério e assassinato (unidos ao engano) são graves, e não podemos tratá-los à ligeira.
Mas Davi cometeu outro pecado que inclusive teve maiores consequências. Devido ao adultério de Davi, morreram quatro pessoas: Urias; o menino que nasceu; Amnom e Absalão.
Mas devido ao outro pecado de Davi, morreram 70.000 pessoas!
Quando Davi confessou seus pecados de adultério e de assassinato, disse: "pequei". Mas quando confessou esse outro pecado, disse: "pequei gravemente". Qual foi o outro pecado de Davi? E que papel desempenhou nele Satanás?
1. O objetivo de Satanás: sua vontade
1. A meta de Satanás é sempre chegar à sua vontade e dominá-la.
a) Pode começar enganando à sua mente, como fez com Eva, ou atacando o corpo, como no caso de Jó; mas, em última instância, deve alcançar a vontade.
b) Entretanto, no caso de Davi, Satanás evitou sua mente e seu corpo, concentrando sua estratégia em um demolidor ataque surpresa contra sua vontade, e assim vencendo.
2. Jamais devemos subestimar a importância da vontade na vida cristã.
a) Há muitos crentes que têm uma religião intelectual que satisfaz a mente mas não transforma a vida.
b) Uma religião emocional, que se compõe de sentimentos cambiantes. A menos que se encontrem em um bom momento emocional, sentem que Deus lhes abandonou.
c) Mas Deus quer que todo nosso ser interior esteja entregue a Ele: uma mente inteligente, um coração fervente e uma vontade obediente. Nossa obediência deveria ser inteligente, e estar motivada por um coração quente e amoroso.
2.1. A vida cristã é basicamente uma questão de vontade.  Temos que amar ao Senhor com todo nosso coração (nossas emoções), nossa mente (o intelecto) e nossas forças (a vontade).
2.2. Sua vontade é importante porque ajuda a determinar seu caráter. As decisões moldam o caráter, e são as que marcam a pauta em sua vida. O que dirigi nossa vida é a vontade.
2.2. Muitos cristãos acreditam que o amor cristão é um sentimento. Não o é: é uma vontade. Nos ordena que nos amemos uns aos outros, e Deus não pode dar ordens a seus sentimentos. Mas tem todo o direito a ordenar a nossa vontade. O amor cristão significa, simplesmente, que tratemos a outros como Deus nos trata, e isto implica a nossa vontade.
3. O pecado original de Satanás também teve que ver com a vontade. Em Isaías 14:12-14 Satanás usa cinco vezes  os verbos que indicam vontade, em tempo futuro. E agora tenta duplicar esse pecado em nossa vida, e o conseguirá se não tomarmos cuidado.
4. Satanás é "o príncipe deste mundo", e você e eu somos estrangeiros rebeldes que vivemos em seu território. Dado que somos cidadãos do céu, obedecemos as leis celestiais e submetemos a um Senhor celestial. Satanás deseja que lhe adoremos e o sirvamos, quer que nossa vontade esteja submetida à sua. Que arma utiliza para nos tentar?
2. A arma de Satanás: o orgulho
1. Davi se sentiu importante quando Satanás lhe aproximou com a sugestão de que recenseasse ao povo. Em 1 Crônicas 20 nos fala de certo número de grandes vitórias, incluindo a captura de uma valiosa coroa que foi colocada sobre a cabeça de Davi. Este rei conseguiu muitas vitórias, mas perdeu a guerra, porque Satanás utilizou essas vitórias para inflar o ego de Davi e lhe levar a rebelar-se contra Deus.
2. O adultério de Davi com o Bate-Seba foi um pecado da carne. Mas, quando decidiu recensear ao povo, seu pecado foi espiritual.  2 Co. 7: 1
a) Os crentes não deveriam cair em pecados da carne nem do espírito.
- O filho pródigo do Lucas 15 era culpado de pecados da carne, mas seu irmão mais velho - orgulhoso, crítico e inexorável -, era culpado de pecados espirituais.
- Vale a pena ter em conta que o pecado de Davi, o de recensear ao povo, deu como resultado a morte de 70.000 pessoas. Seu pecado de adultério provocou a morte de quatro.
b) As Igrejas locais são muito rápidas em julgar e condenar aos que caem em pecados da carne, mas não tanto em julgar e disciplinar aos membros que são culpados de pecados do espírito: orgulho, falação, ciúmes, competência, jactância em relação aos resultados, etc.
3. Até certo ponto, o orgulho forma parte de todas as tentações de Satanás. Parte de sua oferta a Eva foi a de "Serão como Deus!" Jó teve que escutar as críticas de seus amigos, e se perguntava por que Deus não aparecia para lhe justificar. Quando Satanás tentou o nosso Senhor, tentou apelar ao orgulho humano. Mt.4:8-9.
4. Este é um dos perigos dos grandes êxitos. Aqueles aos quais foi concedido muito têm que lutar intensamente contra o orgulho. O orgulho glorifica ao homem e arrebata de Deus a glória que só a Ele merece. O orgulho é uma arma que Satanás dirige com grande habilidade. 1 Pe. 5:5-6
5. O que era tão mau no fato de que Davi recenseasse ao povo? Êxodo 30:11-16.
a) Quando Davi recenseou o povo, o fez para sua própria glória, não para a de Deus. Não se menciona absolutamente que fizesse compilar o "dinheiro de resgate".
b) O que motivou o censo foi "a palavra do rei", e não a de Deus; e inclusive rechaçou a ordem do rei. O que motivou as ações de Davi foi seu orgulho.
c) Satanás se apropriou da vontade do rei, inflou seu ego e o levou a pecar. Satanás sabia que Davi se sentia vitorioso e importante, e se aproveitou disto. Isto explica por que Paulo admoestou à igreja primitiva que não colocasse os novos crentes em lugares de liderança espiritual. 1 Tm. 3:6; 3 Jo. 9; 1 Tm. 6:3-5
d) O desejo de Satanás é trabalhar dentro da igreja local, pondo obstáculos no seu ministério; e, para conseguir este objetivo, deve trabalhar através dos cristãos que formam parte dessa comunidade. O orgulho é uma de suas armas principais. Se for capaz de conseguir que um pastor se orgulhe de suas pregações, um professor de escola dominical do crescimento espiritual de seus alunos, ou um diácono de sua experiência e liderança, então o diabo terá um ponto de apoio para lançar seus ataques. O rei Davi conduziu à morte e tristeza ao Israel unicamente por ser orgulhoso.
3. O propósito de Satanás: lhe fazer independente da vontade de Deus
1. O homem é uma criatura dependente. Deve depender de Deus ("porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos", At. 17:28) e de seu próximo para manter-se com vida. A essência do pecado consiste em tentar independer-se de Deus, é a de nos fazer criadores em lugar de criaturas (Rm. 1:25); implica acreditar na mentira de Satanás, "serão como Deus". Se o diabo conseguir que você atue e pense independentemente da vontade divina, então poderá controlar sua vontade e sua vida. Você pensará que está atuando livremente, o qual forma parte do engano de Satanás, mas na realidade atuará sob as ordens do príncipe deste mundo.
2. Cada vez que atuamos em desobediência a essa vontade divina, manifestamos orgulho e independência. Mas tudo o que acontece em nossa vida é importante para Deus. Em sua Palavra achamos preceitos, princípios e promessas que nos guiam quando procuramos sua vontade.
3. Davi não era culpado dos "desejos dos olhos" (como quando olhou a Bate-Seba), ou "os desejos da carne" (como quando cometeu adultério com ela); mas era culpado de "a vangloria da vida" (veja 1Jo. 2: 15-17). O orgulho significa que atuemos independentemente de Deus ou, pior ainda, que tentemos utilizar a Deus para conseguir nossos propósitos egoístas. Deus se converte em nosso escravo celestial, e lhe dizemos o que deve fazer!
4. Quando nos rebelamos contra Deus, e atuamos por nossa conta, não podemos esperar que venha correndo  nos resgatar. Deus, em sua graça, perdoa nossos pecados, mas Deus, em seu governo, permite que o pecado siga seu curso e produza seus resultados naturais. Não há forma de evitar o fato de que colhemos o que semeamos.
5. Quanto mais alta é a posição espiritual em que se encontre uma pessoa, mais afetarão seus pecados a outras pessoas. O adultério de Davi afetou a sua família e, até certo ponto, à nação, mas o seu censo do povo deu pé a uma verdadeira crise nacional.
6. Uma das lições mais importantes que deve aprender o crente é que não pode independer-se de Deus. Necessita da provisão divina para lhe sustentar fisicamente, e necessita da vontade e da Palavra divina para fazê-lo espiritualmente. 2 Cr. 26:15-16; Dt. 6:10, 12; 2 Co. 12:10.
7. Tome cuidado quando pensar que já chegou! Cuidado quando pensar que você é muito importante, que Deus não poderia se arrumar sem você! Cuidado quando começar a arrebatar a Deus a glória que só pertence a Ele!
Qual é sua defesa?
4. Sua defesa: o Espírito de Deus que mora em você
1. O orgulho é uma arma tão poderosa, e Satanás um inimigo tão forte, que só um poder superior nos poderá conceder a vitória. Esse poder provém do Espírito Santo de Deus. Fl. 2:12-13
a) Só Deus Espírito Santo, agindo em você, é capaz de lhe controlar e lhe capacitar para agradar a Deus Pai.
b) "Ocupar-se na salvação" não quer dizer "ocupar-se para salvar-se". A salvação é um presente, comprado pelo sangue de Cristo. "nos ocupar" em nossa própria salvação significa completar a carreira que é a vida cristã, alcançar em caráter e conduta o que Deus planejou para nós.  O termo grego significa "seguir adiante para a meta, levar até a conclusão final". Deus tem um plano específico para cada vida, e devemos cooperar com Ele para cumpri-lo.
Segundo Efesios 2:8-10, na vida cristã há três "obras":
- A primeira obra que menciona Paulo é a salvação: a obra que Deus faz por nós. Jesus Cristo completou esta obra na cruz. Jo. 17:4; Jo. 19:30; Hb. 10:12.
- A segunda obra é a santificação: a obra que Deus faz em nós. A salvação é sozinha o princípio; deve ir seguida de um crescimento e desenvolvimento espiritual. 2 P. 3: 18.
- A terceira obra: o serviço, a obra que Deus faz por meio de nós. Deus age em nós para poder atuar por meio de nós, conseguindo assim os objetivos que dispôs para nós. Não é necessário que inventemos coisas para fazermos à Deus: Ele já tem um plano perfeito para nossa vida e obras específicas que quer que levemos a cabo para sua glória.
2. Como age Deus em nós? Por meio de seu Espírito Santo. Mas, o que devemos fazer para permitir que o Espírito aja em nós? A resposta a esta pergunta a achamos em dois dos versículos mais conhecidos da Bíblia, Romanos 12:1-2.
a) O Espírito Santo pode agir em seu corpo quando você se submete a Ele, junto com sua mente e sua vontade. Mas estas são precisamente as áreas que Satanás deseja atacar! Quer atacar seu corpo com o sofrimento, para fazer que o impaciente a vontade de Deus. Quer atacar sua mente com mentiras, para lhe fazer ignorante da vontade divina. E quer atacar sua vontade com o orgulho, para lhe fazer independente dessa vontade.
3. Recorde: na batalha contra Satanás, a única forma de vencer é rendendo-se, mas rendendo-se a Deus. Tg. 4:6-7
a) O verbo "apresentem" em Romanos 12:1 tem o significado de "entregar de uma vez e para sempre". Ao se levantar da cama entregue seu corpo a Deus como instrumento para ele.
b) O seguinte passo é o de tomar sua Bíblia e apresentar sua mente a Deus, para que a renove. O que renova e transforma a mente é a Palavra de Deus.
c) Uma vez que tenha entregue a Deus seu corpo (e tenha saído da cama) e sua mente (meditando na Palavra de Deus), o seguinte passo é lhe entregar sua vontade, e isto se faz mediante a oração. A Palavra de Deus e a oração sempre vão juntas. Se você se limitar a ler a Palavra, sem orar, terá luz sem calor; mas se ora sem ler a Palavra, correrá o perigo de converter-se em um fanático. At. 6:4; Jo. 15:7
4. Quando tiver dado estes três passos, entregou-se totalmente ao Senhor: corpo, mente e vontade. O Espírito de Deus poderá atuar em você e lhe conceder a vitória. O Espírito Santo utiliza a Palavra. 1 Ts. 2: 13; Ef. 3:20.
5. Quando o Espírito de Deus age em nós, produz humildade, não orgulho.  
a) A humildade não consiste em ter um conceito pobre de nós mesmos.
- O exemplo de Moisés. Era isto humildade por parte de Moisés? É obvio que não! Era orgulho; de fato, era o pior tipo de orgulho: a falsa modéstia. A pessoa que é verdadeiramente humilde tem estas características: (1) conhece-se si mesmo; (2) aceita-se a si mesmo; (3) entrega-se a Deus; (4) tenta melhorar para servir melhor a Deus.
b) O homem humilde se dá conta de que tudo provém de Deus, a quem deve devolver-lhe.  João o Batista disse: Jo. 3:27. E Paulo ecoou desta verdade: 1 Co. 4:7
- nos gabar de nossos dons é pecado, porque foi Deus que nos concedeu de modo que não podemos nos apropriar do mérito.
- Mas negar nossos dons também é um pecado. Devemos aceitar nossos dons e afirmá-los para glória de Deus.
6. Lembre-se, Satanás pode utilizar as coisas espirituais para fazer que você se sinta orgulhoso: sua habilidade para ensinar ou pregar a Palavra; sua vida de oração; seu êxito na hora de dar testemunho e ganhar almas.
Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. - - Tg.4:10


Fonte: Adaptado do livro “As estratégias de Satanás”, de Warren W. Wiersbe.

O impacto de uma mãe crente sobre seus filhos


Rev. Arival Dias Casimiro
O papel que Deus designou para as mulheres é o mais glorioso da espécie humana. Deus dá às mulheres uma posição exaltada, coroada de dignidade e honra. O papel de mãe na família é indispensável e insubstituível. Sem a presença dela, a família se deteriora e a sociedade se destrói. Ela é o coração da casa e a fonte de todas as boas influências do lar. Em sua missão de mãe, ela é uma escultora de vidas. Quando Deus lhe dá um filho, ela tem o tempo e a eternidade em suas mãos. Ralph Waldo Emerson diz: “Os homens são o que suas mães fazem deles”.
A Bíblia registra vários exemplos de mães que influenciaram espiritualmente a vida dos seus filhos. O exemplo de Eunice sobre Timóteo é gratificante. Sem a ajuda do pai e com o apoio da avó, Eunice preparou Timóteo para ser um consagrado servo de Deus. Ela usou três estratégias.
Primeiro, ela incutiu em seu filho a Palavra de Deus.
Na lei judaica, os pais eram obrigados a ensinar a bíblia para seus filhos, em casa (Dt 6.4-7).
A mãe ensinava os filhos nos sete primeiros anos de suas vidas, e depois eles iam aprender nas sinagogas. Timóteo aprendeu a Bíblia pelos lábios de sua mãe, conforme testemunho de Paulo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm 3.14-15). Foi em casa, sob o ensino de sua mãe que Timóteo, desde a sua tenra infância, aprendeu as sagradas letras. A lição é válida para hoje: a fé se aprende em casa.
Segundo, ela incutiu em seu filho a fé autêntica.
A mãe deve ensinar seus filhos pelo exemplo. Paulo testemunha: “Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti” (2Tm 1.5). A expressão “fé sem fingimento” significa “fé sem hipocrisia”. A fé não é hereditária, mas precisa ser ensinada. E aprende-se a fé imitando o exemplo. Ninguém sabe melhor do que uma criança se a fé dos seus pais é genuína. Se você mãe quer que seu filho tenha uma fé autentica, leve a sério sua fé.
Terceiro, ela incutiu no seu filho o desejo de servir ao Senhor.
A mãe deve preparar seus filhos para servir ao Senhor. No início de sua segunda viagem missionária, Paulo passou em Derbe e Listra e ali ele conheceu a Timóteo: “Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio” (At 16.1-2). Timóteo era crente exemplar e disponível para servir ao Senhor. Por isso Paulo o recrutou para o ministério pastoral e o transforma num dos mais consagrados missionários da igreja primitiva. Certamente foi em casa que Timóteo foi incentivado a servir ao Senhor na igreja.
Concluindo, parabenizo todas as mães crentes que tem impactado espiritualmente a vida dos seus filhos. Que neste “dia das mães” os seus filhos possam chamar-lhe de bem-aventurada.

http://www.ippinheiros.org.br/wp-content/uploads/2014/05/Boletim-IP-Pinheiros-11-05.pdf

O Cumprimento da Palavra do Senhor

Texto: Esdras 1.1
Aqui estão quatro coisas que reclamam a nossa atenção:
I. A relação de Deus com a Sua palavra.
"Agora, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias se cumpriu". A palavra mencionada está em Jer. 29.10:
"Assim diz o Senhor, Que depois de 70 anos em Babilônia, eu vos visitarei, e cumprirei a minha boa palavra em vocês, trazendo-os de voltar a este lugar." Os setenta anos estavam terminados, e Deus continua a cumprir a sua palavra ao seu povo. Ele é pontual no cumprimento de suas promessas. "Deus não é homem, para que minta". (Nm 23.19). "Céu e terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar". "A palavra do Senhor permanece para sempre." "Ele permanece fiel. Ele não pode negar a si mesmo" Temos neste texto,
1. A garantia de que as profecias e promessas de Sua palavra vão serem cumpridas. "Como o arquiteto executa progressivamente todas as partes do plano que ele havia delineado, até que todo o projeto esteja concluído, assim Deus em Sua providência realiza na devida ordem todas as profecias de Sua Palavra: uma grande proporção de seu grande esquema já foi realizado, e as eras vindouras irão acelerar o desempenho de todo o resto nos períodos designados".
2. Um encorajamento para confiar Nele. "Quem confia no Senhor será posto bem alto". "Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança". Veja Sl. 22. 4, 5; 18. 2.
II. A misericórdia de Deus para com o Seu povo. Esta misericórdia é vista -
1 . Na concepção e efeito do cativeiro. O cativeiro era a punição de seus muitos pecados, e, especialmente, sua idolatria, e foi projetado para erradicar sua tendência aparentemente inveterada à idolatria. E nesta foi completamente bem sucedida. "Inclinados antes em todas as ocasiões a adotar as práticas idólatras das nações adjacentes, os judeus agora isolados eles próprios do resto do mundo, em garantia de orgulho de sua própria superioridade religiosa. A lei, que de anteriormente foi violada ou quase esquecida, foi agora aplicada por consentimento geral ao seu ponto extremo, ou mesmo para além dela. Adversidade encantou a de que na prosperidade não tinham percebido o valor. Inclinado, a massa deles, todos, mas o mais sábio e mais esclarecida, que adoravam a Jeová, para adorá-lo, mas como um Deus nacional, maior e mais forte do que os deuses de outras nações (um conceito em si, politeísta), jogaram de lado esse tipo inferior de orgulho para assumir que as únicas pessoas do único Deus verdadeiro. "Desta forma, o castigo dos seus pecados foi uma expressão da misericórdia divina por eles". Ele não aflige voluntariamente, nem entristece os filhos dos homens". "Assim, a palavra divina de castigo", diz Schultz, "sempre anda de mãos dadas com a sua palavra de salvação Seu castigo é, na verdade, uma ajuda. Sim, Sua morte é uma tomada de viva Ele põe à morte só os mortos".
3. Na libertação do cativeiro. (1) Em relação ao seu tempo. A emancipação não se atrasou um momento mais do que era necessário. Assim que o exílio atingiu seu objetivo, o Senhor trouxe o trouxe a termo. " Embora entristeça a alguém, contudo Ele terá compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias. " (2) Quanto ao seu significado. Foi uma confirmação do perdão divino de seus pecados. Isaías expressa claramente isto: "Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus", (Isaías xl 1, 2). Sua libertação também foi o início de muitos e grandes, bênçãos. "Este capítulo contém'', diz Schultz, "nada menos do que o início do cumprimento de todas as grandes e gloriosas profecias com a quais os profetas antes do exílio mais iluminaram a noite sombria dos julgamentos severos de Deus - a luz da aurora da graça de Deus em toda a sua grandeza, que iria despertar o povo de Deus da morte e da sepultura, e capacitá-los a viver uma vida nova e gloriosa - a liberdade da glória dos filhos de Deus no sentido mais pleno e mais alto que uma grande revolução de coisas agora tivesse de se esperar que a plenitude da salvação depois da noite de infortúnio! Toda a extensão da redenção messiânica".
III. A influência de Deus sobre o espírito do homem. "O Senhor suscitou o espírito de Ciro, rei da Pérsia."
1. A natureza dessa influência. "O Senhor suscitou o espírito de Ciro". "Isso não quer dizer", diz Schultz, "que Ciro foi influenciado da mesma forma como foram os profetas, a quem, com a sua maior suscetibilidade, o Espírito do Senhor desceu, mas sim uma influência em consequência do que Ciro fez a vontade de Deus a sua própria vontade, e executou-o nas coisas em consideração. Deus deu-lhe a resolução e o desejo de executar sua intenção''. Todos os desejos puros e nobres resoluções dos corações dos homens são inspirações divinas. Todo o bem em humano a vida é o resultado da influência divina.
2 . O objeto da presente influência. " Ciro, rei da Pérsia. " Ciro foi o maior rei do império mais poderoso do mundo, ele era um pagão, mas, em comum com os seus compatriotas neste período, foi, provavelmente, um teísta puro, acreditando em um Ser Supremo. Como um príncipe, ele foi distinguido pela sua justiça, e pela suavidade e gentileza de sua administração. Suas relações com o povo de Deus, e os termos pelos quais eles são descritos nas Escrituras, são muito notáveis ​​. Ele é chamado de " o homem justo " (Is xli 2). "Meu pastor" (Is 28 XLIV). E " ungido do Senhor" (Is xlv 1). Deus usou essa comemorou monarca pagão na realização de seus propósitos, na emancipação do seu povo, e a reconstrução do seu templo, (d) " O coração do rei na mão do Senhor, como os rios de água: Ele converte para onde quer parede. " Ele agora está usando os poderes do mundo para promover os interesses de Sua causa. Temos neste um penhor de Sua vitória final sobre todos os poderes pagãos. " Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes" (Sl Ixxii. 10, 11).
3. O objetivo desta influência. "O Senhor suscitou o espírito de Ciro, que ele fez proclamar". Divina influência foi exercida sobre Ciro para levá-lo a fazer um ato de grande generosidade e nobreza. A intenção da ação de Deus sobre o espírito do homem é sempre graciosa. Em todas as inspirações e impressões que Ele dá ao homem, Seu objetivo é salvá-lo e abençoá-lo, e fazê-lo um agente para abençoar outros.

IV. A resposta adequada do homem à influência de Deus. "Ciro fez proclamar por todo o seu reino". Influência de Deus sobre o espírito do homem não é irresistível. Ele impressiona o homem, mas Ele não o coage. Ele inspira o homem, mas Ele não o obriga. Influência divina não invade a liberdade humana. O homem pode endurecer-se contra ele, pode resistir à sua própria ação: "Vós sempre resistis ao Espírito Santo", foi uma acusação feita por Estevão contra os judeus. Ou, como Ciro, o homem pode ceder a essa influência, e convenientemente e de coração responder a ela. Quando este for o caso, a influência divina resulta em ricas bênçãos. "Não extingais o Espírito". "Não entristeçais o Espírito Santo de Deus".

Fonte: The Preacher Commentary.

Motivações para seguir a Jesus


Rev. Arival Dias Casimiro
Há muitas pessoas buscando Jesus hoje de maneira errada e com motivações as mais diversas. É certo que a procura é determinada pela oferta, e o Jesus que muitos oferecem hoje, não tem nada a ver com o da Bíblia. Mas, o que nos leva, de fato, a busca-lo, são nossas motivações ou expectativas.
Jesus enfrentou problemas com as pessoas que o buscavam. As pessoas o procuravam com as mais diversas motivações. O capítulo seis de João nos revela algumas.
Os curiosos (v.2). Muitos seguiam a Jesus para assistir às suas curas e milagres. Há pessoas que são expectadores ou telespectadores de Jesus: gostam de ver os prodígios e milagres, mas tudo sem compromisso.
Os interesseiros (v. 14). Muitos viam a Jesus como um profeta ou um político que resolveria o problema da fome. Há muitos que buscam em Jesus somente solução para seus problemas materiais.
Os incrédulos (v.36). Muitos viam os sinais e ouviam as mensagens, mas não criam. Eram céticos: mente e coração fechados para as realidades espirituais.
Os murmuradores (v.41). Muitos reclamaram da mensagem de Jesus e passaram a desprezar sua pessoa: Jesus não satisfazia suas necessidades.
Os desistentes (v. 66). Muitos desistiram de seguir a Jesus porque sua mensagem era muito difícil de ser vivida.
Os fiéis (vv. 67-69). Aqueles que não desistiram de seguir a Jesus.
É muito importante observarmos o que Jesus fala para seus discípulos verdadeiros: “Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus” (vv 67-69). O verdadeiro discípulo jamais desiste de seguir a Jesus.
Três razões para justificar esta não-desistência:
Primeiro, ele não desiste porque foi escolhido por Deus.
Cada discípulo de Jesus foi escolhido por Deus, e é conduzido por Ele a Jesus: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (v. 37).
Não lançar fora significa que o verdadeiro discípulo foi escolhido para ficar para sempre com Jesus. Ele jamais desistirá. Esta verdade é repetida por Jesus, várias vezes (vv. 39-40, 44, 64-65, 70).
Segundo, ele não desiste porque Jesus é a única opção que satisfaz.
Pedro pergunta: Senhor, para quem iremos? Qual seria outra opção além de Jesus? Alguém poderia ocupar o lugar de Jesus em minha vida? Não, definitivamente. Somente por intermédio dele poderemos ser salvos (Atos 4.12).
Terceiro, ele não desiste por causa de sua fé.
Pedro diz a Jesus: “Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”. Por meio da fé e do conhecimento espiritual, o discípulo sabe quem é Jesus. Observe que o percurso é crer para conhecer e não conhecer para crer. Ele sabe e já desfruta da vida eterna que somente Jesus pode dar (v.47). Esta compreensão foi produzida nele, pelo Espírito Santo, de maneira sobrenatural. Portanto, quem conhece e recebe a Jesus, por meio do novo nascimento, jamais desiste ou o abandona.
Examine agora, à luz deste ensino de Jesus, quais são suas motivações em segui-lo.


Jesus tem atendido suas expectativas?

Jejum, uma prática a ser resgatada na igreja

O jejum é uma prática milenar, porém em desuso na igreja cristã contemporânea. Está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Os profetas, os apóstolos, Jesus e muitos homens de Deus, ao longo da história, experimentaram os benefícios espirituais do jejum. Os santos de Deus em todos os tempos não somente creram no jejum, como também o praticaram. Hoje, porém, são poucos os crentes que jejuam com regularidade e ainda há muitas dúvidas acerca da sua necessidade e de seu funcionamento. Destacaremos três pontos para nosso ensino:
1. O significado do jejum. O que é jejum? É a abstenção de alimento por um período definido para um propósito definido. O jejum não é apenas abstinência de alimento. Jejum é fome de Deus, saudade do céu. Nós comemos e bebemos para a glória de Deus e também jejuamos para a glória de Deus (1Co 10.31). Se comemos para a glória de Deus e jejuamos para a glória de Deus, qual é a diferença entre comer e jejuar? John Piper diz que, quando jejuamos nos alimentamos do pão da terra, símbolo do Pão do céu; mas quando jejuamos, não nos alimentamos do símbolo, mas da própria essência, ou seja, nos alimentamos do próprio Pão do céu. Jejuar é amar a realidade acima do emblema. O alimento é bom, mas Deus é melhor. A comunhão com Deus deve ser a nossa mais urgente e apetitosa refeição. Nós glorificamos a Deus quando o preferimos acima dos seus dons.
2. Os obstáculos para a prática do jejum. Há muitos obstáculos que nos afastam do caminho do jejum. O maior obstáculo para o jejum, porém, não são as coisas más, mas as coisas boas. Nem sempre nos afastamos de Deus por coisas pecaminosas em si mesmas. Os mais mortíferos apetites não são pelos venenos do mal, mas pelos prazeres da terra, os deleites da vida (Lc 8.14; Mc 4.19). “Os prazeres desta vida” e “os desejos por outras coisas” não são um mal em si mesmos. Não são vícios; são dons de Deus. No entanto, esses dons podem tornar-se substitutos mortíferos do próprio Deus em nossa vida. Jesus disse que antes de sua volta as pessoas estarão vivendo desatentas como a geração que pereceu no dilúvio. E o que elas estavam fazendo? Comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento (Mt 24.37-39). Que mal há em comer e beber, casar e dar-se em casamento? Nenhum! Mas, quando nos deleitamos nas coisas boas e substituímos Deus pelas dádivas de Deus estamos em grande perigo. O jejum não é fome de coisas boas; o jejum é fome de Deus. O jejum não é fome das coisas que Deus dá; o jejum é fome do Deus doador. Nossa geração corre sôfrega atrás das bênçãos de Deus em vez de buscar o Deus das bênçãos. Deus é melhor do que suas dádivas. O abençoador é melhor do que sua bênção. Jejum é fome de Deus e não das dádivas de Deus!
3. O propósito do jejum. O jejum não é uma promoção pessoal nem uma trombeta a alardear nossa espiritualidade diante dos homens. O jejum não é meritório. Jejuamos para nos deleitarmos em Deus. Jejuamos porque temos saudade de Deus e não podemos viver vitoriosamente sem ele. O propósito do jejum não é obter o favor de Deus ou mudar a sua vontade (Is 58.1-12). Tampouco impressionar os outros com uma espiritualidade farisaica (Mt 6.16-18). Jejuar para ser admirado pelos homens é ter uma motivação errada. Jejum é fome do próprio Deus e não busca por aplausos humanos (Lc 18.12). O jejum é para nos humilharmos diante de Deus (Dn 10.1-12), para suplicarmos a sua ajuda (2Cr 20.3; Ed 4.16) e para voltarmo-nos para Deus com todo o nosso coração (Jl 2.12,13). O jejum é para reconhecermos a nossa total dependência divina (Ed 8.21-23). O jejum é um instrumento para fortalecer-nos com poder divino, em face dos ataques do inferno (Mc 9.28,29). É tempo da igreja jejuar! É tempo da igreja voltar-se para Deus de todo o seu coração, com jejuns e com pranto (Jl 2.12). É tempo de buscarmos um reavivamento verdadeiro, que traga fome de Deus em nossas entranhas e traga um profundo anseio pela presença manifesta de Deus em nossa igreja, em nossa cidade, em nossa nação!
Rev. Hernandes Dias Lopes

COMO ERAM AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO?

O Evangelho de João relata uma passagem da vida de Jesus que leva algumas pessoas a entender que o Espírito Santo não agia entre o povo d...