quarta-feira, 1 de abril de 2015

O AMIGO



Texto: Livro de Provérbios

INTRODUÇÃO

Amigos e Vizinhos

A palavra mais comum para representar “amigo” (rea') também significa “vizinho”; tem o sentido de “colega” e “companheiro”. Num extremo, significa meramente “a outra pessoa”; no outro, representa alguém com quem temos estreita comunhão. O contexto revelará o sentido preciso. Num momento, o rea' é um oponente num processo jurídico (18:17); noutro, é aquele que “ama em todo tempo” (17:17). O emprego do termo em Levítico 19:18 (“amarás teu rea‘ como a ti mesmo”) sugere que Deus quer que invertamos o processo de despersonificação que o emprego da palavra reflete. (Mesmo a palavra mais forte, 'oheb, “aquele que ama”, pode ser rebaixada da sua posição alta em, e.g. 18:24b e 27:6, para se referir aos sicofantas de 14:20.) Provérbios, do outro lado, enfatiza que uns poucos amigos íntimos são melhores do que uma multidão de conhecidos, e que formam um grupo destacado. (O relacionamento entre nosso Senhor e o “discípulo amado” apoia este fato.) Portanto, consideraremos em primeiro lugar o bom vizinho, e, em segundo lugar, o bom amigo.

Amizade na Pós-modernidade
Amizade online e off-line.

I. O BOM AMIGO.

1. A constância é sua primeira característica. Em Provérbios, amigos de tempos prósperos são muitos (e.g. 14:20; 19:4, 6, 7), “mas há amigo mais chegado do que um irmão” (18:24), e que “ama em todo tempo” (17:17). Caso o leitor pense apenas no tipo de amizade que espera receber, ele é conclamado a dar este tipo de lealdade (27:10), especialmente ao velho amigo da família que pode facilmente ser deixado de lado na procura de novas convivências, mas cuja lealdade venceria qualquer prova.
2. Franqueza. “Leais são as feridas feitas pelo que ama” (27:6); porque “O homem que lisonjeia a seu próximo, arma-lhe uma rede aos passos” (29:5). Davi evitou seu dever para com Adonias, seu filho (“Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?” 1 Rs 1:6), e isto acabou causando a morte daquele filho. É, porém, provável que quaisquer agradecimentos que um amigo receberá por tais serviços estejam sujeitos a adiamentos: tem de se sujeitar a esperar até “depois” (28:23).
3. Conselho. Dois ditados no capítulo 27 descrevem os dois lados do conselho: o efeito animador do companheirismo (27:9, ver a nota; como quando Jônatas fortaleceu a confiança de Davi no Senhor, 1 Sm 23:16), e a contenda sadia entre personalidades e pontos de vista (27:17). Uma amizade verdadeira deve ter ambos os elementos, o que consola e o que estimula.
4. Tato: o respeito para com os sentimentos alheios; a recusa de tirar vantagem da afeição de outrem. Os exemplos em Provérbios são de lapsos por demais familiares: ficar hospedado por tanto tempo que se acaba o bom acolhimento (ou forçar alguém a ficar em sua companhia), 25:17; ser jovial na hora errada, quando tal atitude não é desejada (27:14) ou é até cruel (25:20); e não saber quando a brincadeira já está indo longe demais (26:18,19).

II. AMIZADES PERIGOSAS.

A Bíblia nos alerta especificamente sobre a associação próxima com, pelo menos, seis tipos de pessoas.

Homens maus Pv 24.1-2;23.17;
Fofoqueiros 20.19;
Pessoas iracundas Pv 16.29; 22.24-25;
Glutões Pv 28.7; 23.20-21;
Ladrões Pv 29.24

Pessoas sexualmente imorais Pv 6.24-29; Pv 7.4-5; 24-27;

O PERIGO DE UMA PROFISSÃO DE FÉ SIMPLESMENTE VERBAL

Mateus 7:21­27 
Introdução
1) "O Senhor Jesus finaliza o Sermão do Monte", escreve J. C. Ryle, "com uma passagem de aplicação penetrante. Ele volta-se dos falsos profetas para os falsos professos, dos falsos mestres para os falsos ouvintes".
2) Por isso, Jesus nos leva a um confronto próprio, colocando diante de nós a escolha radical entre a obediência e a desobediência, e nos convoca a um compromisso incondicional da mente, da vontade e da vida com os seus ensinamentos. Jesus enfatiza com grande solenidade que o nosso destino eterno depende de uma obediência total.
3) No que se refere a isso, os dois parágrafos finais do Sermão são muito parecidos. Ambos contrastam as reações certa e errada aos ensinamentos de Cristo. Ambos indicam que a neutralidade é impossível e que uma decisão definida tem de ser tomada. Ambos destacam que nada pode substituir a obediência ativa e prática. E ambos ensinam que a questão da vida e da morte no dia do juízo será determinada pela nossa reação moral a Cristo e a seus ensinamentos nesta vida. A única diferença entre os parágrafos é que, no primeiro, se oferece como alternativa para a obediência uma profissão de fé com os lábios, e, no segundo, um mero ouvir, também como alternativa para a obediência.
 I. O PERIGO DE SUBSTITUIR A OBEDIÊNCIA PELA ELOQUÊNCIA
1) As pessoas que Jesus está descrevendo aqui estão confiando para a sua salvação em uma afirmação do credo, no que elas "dizem" a Cristo ou a respeito de Cristo. "Nem todo o que me diz" (v. 21). "Muitos, naquele dia, hão de dizer" (v. 22). Mas o nosso destino final será estabelecido, Jesus insiste, não pelo que lhe dizemos hoje, nem pelo que lhe diremos no último dia, mas por fazermos o que dizemos, por estar a nossa profissão verbal acompanhada da obediência moral.
2) O que eles professam de Cristo?
Uma profissão verbal de Cristo é indispensável. Para sermos salvos, escreveu Paulo, temos de confessá-lo com nossos lábios e crer em nossos corações. E uma verdadeira profissão de fé em Jesus como Senhor é impossível sem o Espírito Santo.
Primeiro, a profissão é respeitosa. Chama-o de "Senhor", exatamente como hoje em dia a maneira mais respeitosa e educada de se referir a Jesus ainda é dizer "nosso Senhor".
Segundo, a profissão é ortodoxa. Embora chamar Jesus de "Senhor" talvez não signifique mais do que chamá-lo de "senhor" (com minúscula), o presente contexto contém alusões a Deus como seu Pai, e a ele mesmo como Juiz, e portanto parece implicar em algo mais.
Terceiro, é fervorosa. Pois não é um "Senhor" frio ou formal, mas um "Senhor, Senhor" entusiástico, como se o orador desejasse chamar a atenção para a força e o zelo de sua devoção.
Quarto, é uma confissão pública. Não é uma declaração particular e pessoal de fidelidade a Jesus. Alguns até "profetizaram" em nome de Cristo, chegando até a insinuar que pregaram em público com a autoridade e a inspiração do próprio Jesus.
Quinto, a profissão de fé às vezes chega a ser espetacular. A fim de destacar este ponto, Jesus cita os mais extremos exemplos de profissão de fé verbal, a saber, o exercício de um ministério sobrenatural envolvendo profecia, exorcismo e milagres. O que essas pessoas destacam ao falar com Cristo no dia do juízo é o nome pelo qual ministraram. Três vezes usaram-no, sempre colocando-o em primeiro lugar para dar ênfase. Reivindicam que, em nome de Cristo, pública e abertamente confessado, eles profetizaram, expeliram demônios e fizeram muitas obras maravilhosas. E não temos motivo para não acreditar nas suas reivindicações, pois "grandes sinais e prodígios" serão realizados até mesmo pelos falsos Cristos e falsos profetas.

3) O que poderia haver de errado nisto?
Em si, nada de mau. E, não obstante, tudo está errado, porque são palavras que não contêm a verdade; é uma profissão de fé sem realidade. Não os salvará no dia do juízo. Por isso, Jesus passa do que eles dizem e dirão para o que ele lhes dirá. Ele também fará uma declaração solene. A palavra usada no versículo 23 é homologësö, "confessarei".
II. O QUE JESUS DIRÁ A RESPEITO DELES
1)    Como será essa confissão?
a)    A confissão de Cristo será, como a deles, em público. Ele lhes dirigirá as terríveis palavras: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade, pois, embora tenham usado o nome dele livremente, Jesus não conhecia seus nomes.
b)    A confissão de Cristo será, diferente da deles, verdadeira.
2)    Qual a razão de Jesus os rejeitar.
a) Porque a profissão de fé deles foi verbal, não moral. Era uma confissão apenas de lábios, não de vida. Chamam a Jesus "Senhor, Senhor", mas jamais se submeteram ao seu senhorio, nem obedeceram à vontade de seu Pai celeste. A diferença vital está entre o "dizer" e o "fazer".
b) Porque eles são malfeitores, praticam a iniquidade. Podem alegar feitos grandiosos em seu ministério; mas, no seu comportamento diário, as suas obras não são boas, são más.
Conclusão

Nós que, atualmente, declaramos ser cristãos, fizemos uma profissão de fé em Jesus, particularmente na conversão e publicamente no batismo. Damos a impressão de honrar a Jesus, chamando-o de "o Senhor" ou "nosso Senhor". Recitamos o credo na igreja e cantamos expressivos hinos de devoção a Cristo. Até exercemos uma variedade de ministérios em seu nome. Mas ele não fica impressionado com nossas palavras piedosas e ortodoxas. Ele continua pedindo evidências de nossa sinceridade em boas obras de obediência.

COMO ERAM AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO?

O Evangelho de João relata uma passagem da vida de Jesus que leva algumas pessoas a entender que o Espírito Santo não agia entre o povo d...