segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Pai, um homem especial


A paternidade é uma missão honrosa. É mais fácil ser um profissional de sucesso do que ser um pai exemplar. Muitos homens que galgaram o apogeu da fama fracassaram nesta área vital da vida. Muitos até mesmo construíram o seu sucesso sobre os escombros da própria família. Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. Nenhum sucesso traz alegria maior do que ver os filhos ajustados, felizes e unidos. Qualquer sacrifício deve ser feito para educar os filhos e encaminhá-los vitoriosamente na vida.
Por que o pai é um homem especial? Quais devem ser seus atributos? Quais devem ser as causas pelas quais ele deve lutar? Como o pai pode ser um homem especial?
Em primeiro lugar, sendo um marido sensível e amoroso. O maior presente que um pai pode dar a um (a) filho (a) é amar seu cônjuge. Quando investimos no casamento, estamos investindo também nos filhos. Nada machuca tanto os filhos como o naufrágio do casamento dos pais. O casamento estável dos pais traz segurança para os filhos. Por outro lado, o divórcio dos pais, dói mais nos filhos do que nos cônjuges que se separam. Há cônjuges que além de acabar com o casamento, também se divorciam dos filhos. Mesmo que a relação conjugal, por fatores vários, tenha chegado ao seu fim, os pais precisam, ainda mais, se desdobrarem para cumprir sua nobre e intransferível missão.
Em segundo lugar, sendo paciente e compreensivo com os filhos. O apóstolo Paulo orienta os pais a não provocar seus filhos à ira (Ef 6.4). Um pai pode provocar os filhos à ira quando é incoerente em suas atitudes. Quando exige uma coisa dos filhos e ele mesmo não pratica o que exige. Um pai pode provocar os filhos à ira quando é inconsistente na aplicação da disciplina. Os filhos precisam ter limites claros.  Eles não podem ser elogiados e disciplinados pela mesma causa. Isso gera insegurança neles. O pai precisa dosar disciplina com encorajamento. Ele precisa ser firme e doce ao mesmo tempo.
Em terceiro lugar, sendo um líder espiritual na sua casa. Deus deu ao homem a responsabilidade e o privilégio de liderar espiritualmente a família. Cabe a ele o cuidado espiritual da esposa e dos filhos, pois aquele que não cuida da sua própria casa é pior do que o incrédulo. Ele, à semelhança de Jó, precisa ser o sacerdote do seu lar, um intercessor e o conselheiro dos filhos (Jó 1.5). A missão de criar os filhos na disciplina e na admoestação do Senhor é uma atribuição dada aos homens (Ef 6.4). Cabe ao marido governar bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo respeito (1Tm 3.4).
Em quarto lugar, sendo o discipulador dos filhos. Os filhos precisam mais do que de provisão, eles necessitam de exemplo e capacitação. O exemplo não apenas uma forma de ensinar, mas a única eficaz. Os pais são espelho para os filhos. Para que um espelho exerça sua função precisa ser limpo, plano e iluminado. Os pais ensinam mais pelo testemunho irrepreensível do que por discursos inflamados.  A vida fala mais alta do que palavras. Mas, um discipulador também transmite conhecimento, experiência e vida. Os pais precisam ter tempo para os filhos. Precisa construir e manter aberto o canal de comunicação com os filhos. Os pais precisam ser amigos dos filhos. Eles precisam ser o maior referencial de uma vida digna para os filhos. Um pai vitorioso é aquele cujos filhos têm alegria de imitá-lo.

Que o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o nosso supremo exemplo de paternidade nos ajude a desempenhar com fidelidade, amor e grande zelo este sublime ministério da paternidade, para a glória do seu próprio nome, felicidade da família e edificação da igreja.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Fonte: http://www.hernandesdiaslopes.com.br

Pai, um homem que faz diferença

Ser pai é um sublime privilégio, mas também uma imensa responsabilidade. Não basta gerar filhos, é preciso fazer grandes investimentos na vida deles para educá-los e prepará-los para a vida. Muitos homens tornam-se famosos e alcançam o apogeu do sucesso na carreira profissional, mas poucos têm êxito no recôndito do lar. A paternidade responsável é um grande desafio ainda hoje. Vamos observar, à luz da Palavra de Deus, alguns princípios importantes para os pais.

Um pai que faz diferença é alguém que é um exemplo para os filhos. Antes de um pai ensinar os filhos, ele precisa viver o que ensina. O exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única eficaz. Antes de inculcar nos filhos a verdade, o pai precisa ter essa verdade no coração. O pai não pode apenas ensinar o caminho aos filhos, mas ensinar no caminho. O pai é um espelho. O espelho demonstra. Precisamos de pais que sejam modelo de honestidade, de piedade e vida cheia do Espírito.

Também, um pai que faz diferença é alguém que encontra tempo para os filhos. Quem ama prioriza. Quem ama encontra tempo para a pessoa amada. Um pai jamais pode sacrificar o importante no altar do urgente. Tudo à nossa volta tem o apelo do urgente. Mas, nem sempre o urgente é importante. Os filhos são importantes. Eles merecem o melhor do nosso tempo, da nossa agenda, da nossa atenção. Se um pai está tão ocupado a ponto de não ter tempo para os filhos, ele está ocupado demais. Na verdade, nenhum sucesso compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. A herança de Deus na vida dos pais não é o dinheiro, mas os filhos. Presentes jamais substituem presença. Os filhos precisam dos pais, mais do que de coisas.

Ainda, um pai que faz diferença é alguém que equilibra correção e encorajamento. O rei Davi pecou contra seus filhos porque não gostava de contrariá-los. O sacerdote Eli é acusado de amar mais os filhos do que a Deus, porém, seu amor não era responsável, pois ele foi conivente com o erro de seus filhos e não teve pulso para corrigi-los. Deixar de corrigir os filhos é um grande perigo. Porém, a correção precisa ser equilibrada com o encorajamento. Os filhos precisam ser estimulados pelos pais. O elogio sincero e a apreciação são ferramentas importantes na formação emocional dos filhos. Os filhos precisam sentir-se amados, protegidos, e orientados pelos pais. Correção sem encorajamento é castigo; encorajamento sem correção é bajulação. Ambas as atitudes estão fora do propósito de Deus.

Por fim, um pai que faz diferença é alguém que cuida da vida espiritual dos filhos. Não basta dar teto, comida, roupa, educação e segurança aos filhos. O pai precisa prioritariamente conduzir seus filhos pelos caminhos do Senhor. O pai deve gerar seus filhos não apenas biologicamente, mas também gerá-los espiritualmente. Um pai que faz diferença é como o patriarca Jó que intercedia todas as madrugadas pelos seus filhos e os chamava para santificá-los. Precisamos de pais que aspirem não apenas o sucesso profissional dos filhos e invistam não apenas no êxito estudantil deles, mas busquem prioritariamente a salvação de seus filhos. Não basta ter filhos brilhantes, precisamos ter filhos salvos. Não basta ter filhos bem sucedidos profissionalmente, precisamos ter filhos consagrados a Deus. Nossos filhos são mais filhos de Deus do que nossos. Eles devem ser criados para realizarem os sonhos de Deus mais do que os nossos. Eles devem viver para a glória de Deus mais do que para a nossa realização pessoal. Rev. Hernandes Dias Lopes


A CONDUTA IDEAL PARA A IGREJA - Parte 1


Ref. Fl 1:27-30


No dizer de Vincent: “É mister destacar que, sob quaisquer circunstâncias, quer eu vá até vós, conforme espero fazê-lo, quer fique ainda ausente, conforme poderia ser compelido a fazê-lo, exorto-vos a vos conduzirdes como é próprio na comunidade cristã, em vossa constância, unidade e esforço ativo em prol do evangelho, bem como em vossa coragem em face do adversário; e isso demonstrará a inutilidade dos esforços do adversário, bem como a sua condenação à perdição, ao mesmo tempo que servirá de evidência divina de vossa própria salvação. Porque o privilégio conferido a vós, a quem será dado sofrer por Cristo, demonstrará que estais unidos a ele, como participantes da mesma graça que me tem permitido contender pela causa do Senhor, capacitando-vos também a entrardes no mesmo conflito no qual me vezes envolvido, e que agora ouvis que me envolve, estando eu em minha prisão romana”.

Introdução

Segundo Ralph Martin, o presente texto está inserido dentro de uma seção que compreende os capítulos 1.27-2.18, formando uma perícope intitulada exortação à comunidade. A forma como Paulo se expressa indica que ele decidiu dar conselhos diretos, mesmo na sua ausência. No caso dos Filipenses, ele tinha dois objetivos específicos ao dirigir-lhes estas palavras: 1) oferecer-lhes algum encorajamento, no conflito que aparentemente estavam enfrentando contra os adversários; 2) adverti-los contra o espírito sectário, egoísta. As palavras chaves dessa seção, portanto, são: firmeza, sofrimento, luta, unidade e humildade.

Até mesmo uma igreja como a de Filipos corre o perigo de ser exaurida por problemas internos e externos. É razoável indagarmos sobre a razão da desunião, e da natureza da hostilidade que os filipenses estavam enfrentando. Segundo MARTIN, parte do problema dentro da igreja era a perda de confiança, em face do sofrimento não esperado (2.14). Por que deveriam eles sofrer por sua fé, e aguentar um conflito tão amargo? A réplica de Paulo consiste em oferecer uma teodiceia, onde ele mesmo e seu Mestre está inserido. O principal ensino de Paulo é que o sofrimento faz parte do propósito de Deus para a igreja, em virtude da sua própria identificação com Cristo (2.6-11). Em outras palavras, a vida da igreja é cruciforme (1 Ts 3.3,4). Nesta breve seção, pois, Paulo adverte aos crentes filipenses que as aflições e perseguições que viam nele, e que foram também as do seu Senhor, também poderia vir a ser a experiência deles.

Na mesma linha de pensamento, Martyn Lloyd-Jones diz que "o apostolo trata primeiramente do aspecto exterior da nossa vida cristã (1.27-30), e depois do aspecto interior (2.1-4). De acordo com Paulo, como cristãos nesta existência temos que travar guerra contra forças alheias a nós e, também, temos uma luta contra forças que estão dentro de nós".

Vamos, em primeiro lugar, considerar qual era a condição da alegria de Paulo na igreja de Filipos. Posteriormente, fixemos nossa atenção no que Paulo espera daqueles irmãos ou o que significa viver por modo digno do Evangelho de Cristo, o que poderíamos resumir em quatro palavras, quais sejam: Firmeza (v. 27b), Unidade (v. 27c); Luta (vv 27d-28); e Sofrimento (vv. 29-30). 

I. A VERDADEIRA CONDUTA CRISTÃ: A CONDIÇÃO DA ALEGRIA DO APÓSTOLO NA IGREJA 

1. Uma coisa é essencial. 
Não importa o que aconteça a Paulo ou aos filipenses, estes devem viver dignamente sua fé e sua profissão cristã. O termo grego “monon” (tão-somente, apenas, acima de tudo), se encontra em posição enfática, destacando o fato que a verdadeira conduta cristã é a condição indispensável e exclusiva da alegria de Paulo, quando chegasse à presença deles ou não, conforme o demonstra a conexão com Fl 1 :24-26. Mas esse viver por modo digno não deve ser entendido apenas no sentido pessoal, aplicado à conduta particular de cada cristão em si. A igreja não é constituída de pessoas isoladas, mas, por pessoas unidas pelos laços da fé, do Espírito, da luta, formando um corpo, uma comunidade. Então o que Paulo tem em mente é a conduta ideal para a comunidade de crentes em Filipos. Por isso, a pergunta que devemos fazer é: - “por que Paulo deu está exortação geral à conduta digna do Evangelho?” Por que é essencial viver por modo digno do Evangelho de Cristo?

a) Porque a conduta cristã demonstra a nossa verdadeira cidadania.

Aqui, Paulo utiliza-se do contexto imediato dos filipenses (e o dele) para ilustrar uma realidade superior. Segundo Willian Barclay, Filipos era uma dessas colônias romanas que constituíam pequenas partes de Roma disseminadas por todo mundo. Nas colônias romanas os cidadãos romanos jamais esqueciam que eram romanos; falavam latim, levavam vestimentas latinas, davam a seus magistrados os títulos latinos, insistiam obstinadamente em que eram romanos apesar do longe que pudessem estar de Roma. Paulo diz, portanto, o seguinte: "Tanto vocês como eu conhecemos perfeitamente bem os privilégios e as responsabilidades de ser cidadão romano. Vocês conhecem perfeitamente bem como até em Filipos, a tantos quilômetros de Roma, devem viver e agir como o faz um romano. Pois bem, lembrem que têm um dever mais alto que este. Onde vocês estiverem devem viver como é digno de um cidadão do reino de Deus; jamais esqueçam os privilégios e as responsabilidades da cidadania, não a de Roma, mas sim do Reino de Deus". Portanto, isso nos ensina que

1) Quando vivemos “de modo digno do evangelho de Cristo” demonstramos que a Igreja é uma colônia do céu na terra (Fl 3.20). A igreja, embora imperfeita e temporal, é a manifestação terrena do reino perfeito e eterno do céu na presente época (cf. Col. 1:13). Conduta celestial se caracteriza por ser "irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como astros no mundo" (2:15).

2) Quando vivemos “de modo digno do evangelho de Cristo” devemos ter em mente que isso implica conduzi-nos em harmonia com as responsabilidades que este evangelho impõe e com as bênçãos que ele traz.

3) Exercer nossa cidadania “de modo digno do evangelho de Cristo” consiste em aplicar as regras do evangelho a toda a nossa conduta - a nossa conversa, transações comerciais, modos de vestir, o estilo de vida, entretenimento. Não há nada no fazer, ou no dizer, que possa ser exceção a essa regra. Num mundo em que tudo que é sólido se desmancha no ar, temos um referencial ético seguro e inabalável, o Evangelho de Cristo. Este mandato é expresso em outras partes do Novo Testamento como andar "de modo digno da vocação com que fostes chamados" (Ef 4:1; Col. 1:10; 1 Ts 2:12; cf. 4:1; Tito 2:10; 2 Pedro 3:11, 14).

b) Porque a conduta cristã revela a coerência do nosso cristianismo. 
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra coerência quer dizer “qualidade, condição ou estado de coerente; ligação, nexo ou harmonia entre dois fatos ou duas ideias; relação harmônica, conexão; congruência, harmonia de uma coisa com o fim a que se destina; uniformidade no proceder, igualdade de ânimo”. A palavra dignamente, no grego, sugere a imagem de uma balança de dois pratos. Tal balança tem que ter peso, poder e medida iguais em ambos os lados. Nossas vidas, a maneira de nos portarmos, deve ser como uma balança, equilibrada. Diante desta definição, podemos destacar algumas verdades fundamentais.

1) A maior arma contra o inimigo não é um sermão inspirador nem um livro poderoso, mas sim a vida coerente dos cristãos (2 Co 3.2). O maior testemunho da igreja diante do mundo é a integridade espiritual.

2) Não cultivamos um bom comportamento a fim de irmos para o céu; nosso comportamento deve ser exemplar, porque nosso nome já está escrito no céu, onde temos nossa cidadania (Ef 2.10).

3) A essência do apelo de Paulo é “vivei como pessoas convertidas”, tanto dentro da igreja, como lá fora, no mundo.

Bibliografia Consultada

LOPES, Hernandes Dias. Filipenses: a alegria triunfante no meio das provas. São Paulo: Hagnos, 2007.

MARTIN, Ralph P. Filipenses, introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 2011.

MACARTHUR, John. Philippians. CHICAGO: MOODY PRESS, 2001. (Edição eletrônica)

BRUCE, F.F. Filipenses. São Paulo: Editora Vida, 1992.

WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento (Vol. II). Santo André: Geográfica editora, 2006.

CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo (vol. V). São Paulo: Candeia, 1998.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

HENDRIKSEN, William. Efésios e Filipenses: Comentário do Novo Testamento. São Paulo:Editora Cultura Cristã, 1992.

LLOYD-JONES, Martyn. A vida de alegria: comentário sobre Filipenses. São Paulo: PES, 2008.

COMO ERAM AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO?

O Evangelho de João relata uma passagem da vida de Jesus que leva algumas pessoas a entender que o Espírito Santo não agia entre o povo d...